20130425

A vida é uma giromba e você é um brioco. A experiência é o KY

Queridos amiguinhos,

A última vez que postei devia ter uns 19 ou 20 anos. Assim, agora, aos 23, me sinto mais seguro (não), mais consciente dos problemas da humanidade (não) e mais experiente (definitivamente não).

Desta maneira, vamos hablar de algo muito mais sério (sim):

O que é a vida?

A vida, kids, é uma giromba. Você é o brioco. Já sabem né? Gradativamente, a giromba se insere no brioco, cabe a você amenizar esta situação de imenso desagrado. Como? Não faço a mínima ideia, só sei que é através da experiência. Como não fazer? Criticar é absurdamente mais fácil do que efetivamente fazer, isto é fato da psicologia moderna, do direito moderno e quiçá da ufologia moderna (Et's sabem como lidar com a giromba da vida, acredite).

Experiência. Esta é a palavra. Palavra du sinhô, amém. Sim, não há como retardar a giromba da vida no brioco do seu ser inefável sem que se possua anos vividos nesta bolinha de queijo que chamamos de Terra, mundo, planeta (http://www.youtube.com/watch?v=zuW1Nc5LDtI).

Eu me sinto muito agradado ao falar com pessoas mais velhas e ao mesmo tempo, INEXPERIENTE. A não ser que o assunto seja video-game, estamos perdendo para nossos anciães (se eles falarem de Atari, você perde mesmo assim). Eis um conselho: Pegue alguém da sua família extremamente inteligente. Tente conversar sobre o mundo, como ele era e como está agora, sobre política, sobre a porcaria do Porto de Santos, sobre o porquê de usarem Containers para transporte de soja ou algo do tipo. Perderás o senso, infante, perderás.

É triste e tenso o quanto eu queria ser experiente agora, mas na giromba da vida, amiguinhos, só se consegue retardar o estrago obtendo a experiência. E para isso, os senhores vão errar inúmeras vezes. E não venham me falar de teorias. Teorias são todas lindas, mas os verdadeiros gênios são aqueles que a convertem em prática de maneira eficaz. Pensou, não fez, pra mim é uma anta ! Caso discordem, sintam-se livres para resolvermos isso no Tekken.

Nada mais a falar, fiquemos por aqui com a voz a experiência, mostrando mais uma vez o seu imenso valor: http://www.youtube.com/watch?v=go68WFW9hRQ

Todos iremos caducar um dia, ou não né, vai saber. (Premonição 6).



20101210

Criatividade Culinária


Bom, faz tempo que eu não escrevo nenhuma porcaria aqui, e contando que agora eu faço PSEUDO-SUCESSO ( pseudo porque o blog é uma CAGADA mesmo, nunca entendi porque alguém lê o que eu escrevo, mas tudo bem ), vou tentar escrever com mais frequência.


Tem a minha historinha lá né, de zumbis, mas eu vou terminar isso quando tiver paciência e VONTADE, porque eu to sem vontade das coisas ultimamente.


Bom, amiguinhos do coração do meu pipiu, hoje eu venho reclamar de uma coisa muita chata na minha vida, BIFE. Sério ou, eu não aguento mais bife. O povo da minha casa é meio monótono na hora de comer ( comer comida, porque todos os machos da família são exímios comedores de dondocas, desde o início dos tempos ). Eu sou o único com espírito de pobreza que come qualquer coisa que aparecer pela frente ( mais uma vez estou me referindo a alimentos, não ZOMBEM ).


Eis que aqui na residência do Calvin, seu padrinho, as pessoas só comem a PORRA do bife. Aí você vem me falar que adoraria comer bife todos os dias porque só come carne moída. MENTIRA, carne moída, bife, picanha, maminha (maminha não, maminha não enjoa ), alcatra, carne de elefante, costela de jacaré, coxinha de pomba, enfim, não importa se é bom ou ruim, comer a mesma coisa todos os dias ENJOA.


É por isso pessoinhas, que todos nós, homens-humanos e mulheres-humanas, precisamos de uma coisa muito especial nas nossas vidas. CRIATIVIDADE CULINÁRIA. Sabe o por quê? Porque é muito difícil chegar do estágio todos os dias e perguntar o que tem pra comer e escutar, alguém rasgar os seus tímpanos dizendo: BIFE ! E o pior é que falam isso aqui em casa numa alegria! Como se bife fosse dinheiro ( Não coma dinheiro, faz mal, mas, se caso não conseguir evitar de comer, passe álcool gel na boca depois ).


No TUÍTA, eu também citei que aqui em casa tem skiny e bono à RODO. Aí de vez em quando rola umas idéias, sabe? Bono recheado de BIFE, skiny com recheio de chocolate do bono ( Biscoitos U2 ), e por aí vai. Sério, eu tenho o DOM de transformar tudo que é saudável em não saudável. Ontem todo mundo jantou adivinha o quê? É, só que com arroz, e eu, enjoado de bife com arroz, coloquei o rapaz em um pão, fritei dos ovos, e TASQUEI mostarda e ketchup naquela merda de BIFE.


Eu to repetindo muito a palavra bife né ?


Bom, mas pelo menos eu escrevo melhor que um amigo meu da faculdade que disse que pular de um prédio de 20 andares é inconveniente. Na verdade isso depende né, vai que você curte uma adrenalina e tem um pára-quedas.


Enfim, o negócio é que você tem que saber variar a sua comida, né ?


Leia o kama-sutra, tente a posição elefante balançando a tromba invertida e seja feliz.

20100914

COULROFOBIA




É. Eu cago nas cuecas de medo de palhaços. Eu não posso me gabar de ser uma pessoa corajosa, mas também eu não sou emo. Eu tenho medo de poucas coisas na verdade. Eu faço piada sobre encosto e não tenho medo da Samara, entre outras coisas. Só existe uma coisa que afeta minha frágil consistência mental: PALHAÇOS. Um palhaço não é um ser vivo, um palhaço é coisa do além, do senhor Lúcifer.

Veja bem, os palhaços não são fonte de alegria de maneira alguma. Uma criança ri de um palhaço mas o palhaço não ri da criança. Ele sente vontade de COMER OS OSSINHOS dela. Sério, se eu morrer e for pro Inferno, o capeta vai ser um palhaço. Putz, não quero nem imaginar.

Eu não faço idéia de onde eu tirei essa paranóia, só sei que eu NUNCA me afeiçoei por palhaços. Desde pequeno Calvin, sempre quando eu via um ser do além desses eu CHORAVA de horror. E, como eu sei o espírito de luz que sou (haha), nada mais plausível do que a minha incompatibilidade com palhaços ser explicada pela teoria de que eles são, realmente, seres provenientes do UMBRAL. Sério, eu não entendo de onde vem isso, mas eu sinto que os palhaços são seres cruéis.

A obra que pode resumir o meu terror é o conto IT do Stephen King. Fizeram até um filme ( eu não tive, nem vou ter coragem de ver o filme, muito menos de ler o conto ). Só vou mandar o link por mera ilustração : http://www.youtube.com/watch?v=0ZGf2vnASHc

Eu fiquei algumas noites sem dormir depois de ver isso. SÉRIO.

Suponhamos que cheguem os zumbis, qual seria o pior tipo de zumbi? ZUMBI PALHAÇO !

Vocês já viram Zombieland? O personagem ("a personagem" de cú é rola) Columbus tem medo de palhaços e no final, ele tem que matar um zumbi palhaço pra salvar duas garotas. O que eu faria? Que morressem ! Eu não conseguiria matar um zumbi palhaço.

Por favor, nunca se vista de palhaço na sua vida. Fazer isso atrai energias negativas. Sabe aqueles caras que fazem pirofagia nos sinaleiros? Então, existem alguns que colocam nariz de palhaço. Eu gosto de pirofagia, mas eu não dou dinheiro só porque eles fazem apologia ao demônio colocando aqueles narizes.

Outra coisa: aniversário de criança. Tem palhaço? Pode ser o meu AFILHADO que eu não vou de jeito nenhum. Ou eu, ou o palhaço. É imcompatível as duas coisas no mesmo lugar. E caso eu vá e não saiba da existência de um palhaço, vocês vão me ver num estado emocional extremamente irregular. Claro que eu não vou fazer escândalo, eu respeito a opinião dos outros. Se vocês querem traumatizar o filho de vocês chamando um súdito do demônio pra animar a festa de aniversário dele e por isso, serem condenados a ir DIRETO pro inferno quando suas almas se desconectarem de seus corpos, o problema é de vocês.

Outra coisa que eu odeio: golfinhos (não vem ao caso discutir isso agora). Agora, imagina um PALHAÇO MONTADO NUM GOLFINHO. Nem vou dormir direito porque eu pensei nisso. =/

Aí você vem me dizer que eu gosto do coringa. Sim, eu gosto do coringa, mas ele não é um palhaço. Ele é um vilão classe A que se veste de palhaço e não um palhaço que se veste de vilão classe A. Duas coisas muito diferentes. Eu admiro que ele consiga se vestir de palhaço. Eu não conseguiria.

Bom, espero que não tenha ninguém de palhaço na festa à fantasia, senão, eu vou ficar MUITO triste.

Outra coisa, quanto mais macabro o palhaço, pior. Sem falar que eu acho que eles são pedófilos. TODOS ELES.

20100711

Quinta parte: "Já era"

Eu não sou um super-herói, eu sou um morto-vivo. A única coisa que me diferencia dos outros é a imunidade ao vírus. Só. Se eu levar um tiro de espingarda na testa meu cérebro vai pintar a parede de vermelho, assim como acontece com qualquer ser humano. Eu não posso ficar brincando por aí. Um grupo de seis pessoas úteis e organizadas após o apocalipse é um porto seguro. O problema é que, entre eles, existia um meio zumbi igual a mim. Sim, existem mais pessoas que sofrem do mesmo problema, ou da mesma solução.

Fiquei feliz em saber que eu não era mais um vingador solitário. Só havia um problema. Um grupo de seis pessoas não é seguro se uma delas compromete toda a segurança dos outros. Esse era o problema de Abs. Meio zumbi com problemas de alcoolismo. Na verdade eu era mais propenso a ter esse tipo de problema.

Alguns meses haviam se passado e eu integrava o fronte de batalha do grupo. Sob as ordens do nosso estrategista, Tanque, era eu quem fazia a maioria das missões arriscadas, além de me submeter a contato direto com os mortos vivos a fim de desviar atenções, já que eu podia me submeter a esse tipo de investida. Não, eu não era o único que podia fazê-lo. Abs também podia, mas ele estava sempre quieto demais. Não se comprometia a fazer nada para ajudar o grupo, vivia isolado em sua depressão de zumbi. Veludo e Cinza sempre diziam que ele ainda era humano e que por isso, devíamos protegê-lo a qualquer custo. O resto do grupo o olhava com desprezo e ele me olhava com mais desprezo ainda por ver que alguém como ele tomava posições importantes sem aparentar ter nenhum problema. Eu tinha problemas. Psicológicos principalmente, mas eu não os deixava perceber. Não queria parecer uma ameaça.

Peso morto. Cada dia que se passava Japonês, Tanque e Astro discutiam sobre a permanência de Abs no grupo. Ele podia matar todos nós se surtasse. Ficava na maioria das vezes, encolhido em um canto da casa. Sofria de abstinência por causa da falta de álcool. Não ajudava em praticamente nada. Tinha pânico noturno, ocasiões em que era ajudado por Veludo e Cinza. Igual a mim, porém, burro e inútil. Minha paciência seguia o mesmo rumo dos três que passavam a desprezá-lo cada vez mais. Até que então as coisas mudaram para ele.

Numa defesa contra uma horda de zumbis grande como jamais havíamos visto atraída pelos gritos de desespero de Abs em seu pânico noturno, eu vi que todos ali iriam morrer se eu não fizesse alguma coisa. A casa estava cercada e eles se concetravam na porta da frente. Fácil de matar, já que tínhamos algumas metralhadoras. O problema é que não haviam mais lugares disponíveis na cidade para o abastecimento da munição das metrancas. Balas de pequeno calibre são fáceis de se encontrar, mas balas de fuzis e sub-metralhadoras só eram encontradas em delegacias e quartéis abandonados. E a munição que encontravamos nesses lugares já havia se esgotado devido ao ataque freqüente de hordas que caminhavam de cidade em cidade.

A fumaça subiu da ponta quente do fuzil de Tanque. Não havia mais munição. O fuzil de Astro também ficando sem munição. A janela de madeira mal vedada por Cinza estava cedendo a tantos golpes de mãos quebradas de mortos-vivos. Os dois fuzis estavam agora inutilizados e as balas de pistola não seriam o bastante para derrubar todos eles. Abs gritava mais e mais, como nunca tinha gritado antes. Eu tinha que fazer alguma coisa, atirar somente não iria adiantar, eu tinha que despistá-los como de costume mas dessa vez eram muitos até pra mim. Dessa vez se me cercassem arrancariam meus membros certamente. Não havia outra forma. Pedi a Cinza que abrisse a porta dos fundos. Saí por trás sa casa com duas pistolas de calibre de merda , a espada presa nas costas e uma granada de mão. Corri como corri várias vezes antes. Entrei na casa em frente, e me abriguei na cozinha. A porta era estreita, assim a passagem deles era restrita, só passavam poucos por vez. Encostei as costas na porta que dava para o quintal e apertei os dois dedos nos gatilhos. Sete balas tinham os pentes das pistolas, quatorze tiros até eu ter que recarregar. Foi o bastante para derrubar algumas unidades do inferno. Se eu parasse para recarregar, era o adeus. Sendo assim, quando acabaram as balas, me virei, abri a porta que dava para o fundo da casa, passei e tranquei-a por fora. Arranquei o pino da granada e joguei-a pela janela para dentro da casa. Deu tempo deles olharem com curiosidade o que caía sob seus pés antes de eu transformar a cozinha em um misto de destroços, membros e suco de sangue. Haviam sobrado poucos, o bastante para serem mortos pelo pessoal assim que eu voltasse para a nossa casa de resistência. Dito e feito.

O susto havia passado. Abs continuava a gritar exageradamente. Tanque, Astro, Japonês e eu fomos até o quarto quando ouvimos um grito de Veludo. Cheguei lá e vi o horror. Abs comendo o pescoço de Cinza no canto do quarto. Quando vi aquilo, fiquei paralisado. Quando ele percebeu nossa presença, levantou-se sujo de sangue da boca até a cintura, virou-se para nós, soltou um grito gutural e veio correndo em direção a mim.

Tanque sacou sua Taurus e enfiou uma bala na boca de nosso ex-amigo. Caiu ao chão seu corpo pálido. Eu me lembro exatamente das palavras de Tanque. "Já era". Todos olharam para mim. Eles sabiam porque eu havia ficado paralisado. Eles sabiam. No fim, Abs não sofria de pânico noturno nem depressão, era somente um processo mais lento de tranformação. Os imunes ao vírus não eram mais imunes ao vírus. O processo só era retardado Eles sabiam que eu havia visto o mesmo acontecendo comigo em breve. Eles sabiam que eu me vi sujo de sangue da boca até a cintura. Eles sabiam que eu me vi morrendo com uma bala na boca e com o cérebro espalhado pela parede.

Eu não era imune ao vírus, ele só se desenvolveria muito mais lentamente em mim do que nos casos normais. Eu iria definitivamente perder a consciência, pois zumbi eu já era. Eu tinha que deixá-los, eu tinha que morrer. Tanque estava certo, para mim, já era.