20090926

Balada do Homem MORTO. Convites comigo.


Você se encontra animado por poder sair de casa com seus grandes amigos. Compra o convite antecipado. BRILHANTE IDÉIA. Você busca todos eles e vão de carro, param no estacionamento e vão pra porta da FORMIDÁVEL balada. Até aí, tudo ótimo. Everything looks just GREAT. Todo mundo se divertindo. Então, você entra na balada, que ainda está um pouco vazia. EPIC WIN. A noite vai ser ótima, não é?


NÃO ! NÃO VAI !


Parte dela pode até ser, mas depois de ter bebido significativa quantidade de álcool, se você é uma pessoa como eu, você vai se sentar em um canto (de preferência alto onde seja possível ter uma visão ampla das pessoas passando) sozinho, com aquele DIVERTIDO copo de vodka on the rocks na mão e aí você começa a observar os fundamentos daquilo que chamam de BALADA.


A música quase sempre salva a noite da TOTAL DESGRAÇA. Por outro lado, não existe ninguém que possa salvar VOCÊ dos seus próprios pensamentos. A fumaça faz seu olho arder e você está cansado do CALOR HUMANO proveniente do exagerado RALA-COXA das pessoas que ficam andando, dançando, pulando. Eu realmente acho que existem pessoas que se aproveitam de tal situação pra tirar uma casquinha da BUNDA dos outros.


Enfim sozinho, você observa todos aqueles corpos passando e pensa: Hoje, eu não to conseguindo me divertir como eles. Há motivos de sobra para isso. Sim, são VÁRIOS motivos, todos de uma vez só, que fique bem claro.


Depois, surgem as teorias: Haha ! Queria todos aqui fossem zumbis ! Ou então, você olha nos olhos de cada um e tenta fazer uma análise de caráter: Patricinha, ridículo, idiota, otário, patricinha de novo, menina potencialmente legal, cara de quem é gente fina, outro otário, e patricinha de novo. E assim vai até que você chega ao ponto de ficar olhando fixamente para o vazio de uma parede qualquer.


Depois, você pega o carro, deixa seus amigos em casa e acaba sozinho em um posto qualquer, comendo um sanduíche antes de voltar para casa. É meu caro, há dias em que você descobre que não tá pra BALADA.




20090915

Segunda Parte : Zumbi.




-Abra os olhos! Acorde!


-Não consigo, não quero acordar.




E assim, me levantei, acordado, depois de um sonho muito peculiar. Alguém me mandava abrir os olhos, não consegui ver quem era. Mas eu estava morto, não estava? Não, eu não estava. Um bando de mortos andantes havia me atacado, me lembro de ter caído sem reação, com dor horrenda no pescoço. Parei para tentar me lembrar qual foi a última coisa que vi antes de fechar os olhos. Sangue, meu sangue. Não era possível eu estar de pé. Além disso, eles deveriam ter comido da minha própria carne. Zumbis são ótimos abutres. Será que meu gosto é tão ruim assim?




Deserto, ninguém por perto, nem mortos-vivos, nem humanos, nem animais. Só eu. De repente, percebi o quanto eu estava debilitado. Sangue espalhado por todo meu corpo. Hematomas, cortes, mas não havia nada quebrado. Aliás, estranhamente não existia dor. Coloquei a mão sobre o corte no pescoço que me fez cair ao chão. Ainda estava lá. Por que eu não estou morto?




Lábios cortados como se tivessem passado uma lâmina serrada entre eles. Nada que deformasse minha boca, mas era para existir dor ao menos. Parei de avaliar danos e então resolvi procurar respostas em outro lugar. Minha katana se encontrava a poucos metros de mim. Sorte.




Por que os abomináveis não haviam me liquidado? De repente, um cheiro. Cheiro de carne temperada antes de se colocar na grelha. Um bom aroma. Vasculhei até encontrar a fonte. A fome era grande e carne crua a essas horas não seria ruim. Encontrei um canino grande e assustado, certamente em estado de fúria. O instinto o faria me atacar por prevenção, ou então, ele ja se encontrava sob controle do vírus e me atacaria do mesmo jeito. De qualquer maneira, só havia uma solução. Matar e comer.




Olhos começaram a arder. Arder muito forte. Senti raiva, ódio, vontade de matar. Um grunhido de selvagem escapou de minha boca. Avancei sem dó. Eu me sentia bem fazendo tudo aquilo. Será que havia eu ficado louco e passado a matar por prazer depois de tanta coisa? Não. Eu sabia o que era. Só podia ser isso. Me alimentei da carne crua do animal. Da parte boa é claro. Nada de entranhas. Me assustei com a minha maneira de pensar. Definitivamente, só uma explicação.




Eu era um zumbi, mas ainda possuía consciência. Pelo tempo que calculei o vírus ja deveria ter eliminado totalmente minhas faculdades mentais.




Por quê ?




20090911

Desabafo.


Sim, eu sou hipócrita as vezes. Você não é? Nunca foi? Se não, sinto dizer-lhe que terei a audácia de duvidar. Também sou ignorante e extremista. Minhas opinões são um tanto quanto inaceitáveis por muitos. Minha maneira de ver as coisas é diferente da maioria de vossas senhorias. Meu ideal de vida pode parecer bizarro e meus caminhos podem parecer tortos. Meus sonhos são assaz alternativos. E por fim, as vezes eu acho que sou o Devil Jin (chamado por alguns de galinha preta).


Porém, para infelicidade de muitos, sou amaparado pela lei.


Todos têm o direito de expor suas opiniões, por mais extremistas que sejam. Não é necessário possuir exaltada erudição para perceber a tamanha veracidade do afirmado. Qualquer ser humano tem direito à liberdade de expressão (vide artigo 5º inciso IV da Constituição Federeal de 1988).


Eu tenho direito de pensar da maneira como eu bem entender. Sinto muito. Não sou julgador de nada, portanto, não preciso ser imparcial. É ignorância, fato, mas posso agir de acordo com a minha moral quando bem entender (antes de criticar, entenda o que é moral por obséquio).


E se há incômodo alheio, desafio qualquer um a combater-me com a arma corpórea, num duelo de cem dias até que um de nós caia sem vida. Traga o seu estilo milenar consigo e enfrente as instituições do meu Caminho das Mãos Vazias. Acabou-se o tempo de tolerância, então, resgatarei os modos do Japão Feudal, se necessário.



Ô raiva da porra, viu ¬¬






20090902

Ode à Culinária.


Não ter nada interessante para se escrever sobre definitivamente não é legal. A única coisa que me veio à cabeça no momento foi falar sobre o meu mais novo passatempo: Culinária of abomination. Sim, quando eu me encontro com uma "hambre" devastadora, me ponho a colocar em prática idéias malévolas de receitas. Criatividade ? Não. Pseudo-concretização de ideais culinários que são provenientes de minha mente insana. Receitas de minha criação seguindo o modelo Lol Hehehe (http://www.lolhehehe.com/).


E assim inicia-se o massacre. Dentre algumas, posso citar o Yakissoba do DESESPERO e o X-POBREMA, minhas especialidades. Porém, existem algumas receitas, digamos assim, mais brandas, como por exemplo a porção de FILÉ AO CREME DE QUEIJO
este último só é possível ser feito com suporte técnico de minha namorada. O amor é lindo e mata a fome (tenho certeza de que você pensou besteira e proferiu risadinhas, maldito leitor mente-de-esgoto).
Eis que me encontro neste momento com uma sensação de estar no caminho certo para ser um bom chef. Claro que todo profissional da culinária comete erros. No meu caso, adicionar tempero de alho a base de sal (em grandes quantidades) no macarrão instantâneo é coisa pouca (assim nasceu o MIOJO OF NUSSINHORA ).


Assim, encerro o meu post com algumas palavrinhas poéticas sobre o alimento mais divino de todos os tempos: o OVO FRITO ( tenha MEDO ).


ORAÇÃO ANTES DE SE COMER UM OVO:


Oh saudoso ser divino que és, OVO.

Ilumina o leito sobre o qual deita

Suavemente toca com tua clara

Os angelicais grãos do meio-dia.

Quente como a estrela maior

és alegria

de todas as sessões de nutrição


Assim, ó alimento soberano

Derramai tua seiva amarela de amor

Sobre o berço celeste da alimentação

Fritura representante de Deus.

Fritura de enorme ostentação.


Irei digerí-lo

Irei digerí-lo


Irei . . .


digerí-lo.